segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Vó e o Marolo (Ariticum do Campo)






A ONÇA E O MAROLO


(ARITICUM)


Nossa avó era pobre. Mas quem precisa de dinheiro ou bens onde há o amor? O amor sempre dá um jeito para as carências. Ela dedicava um carinho todo especial à minha irmã de seis meses. (Obrigado, querida avó. Hoje, do alto da vida, com lágrimas de saudade lhe agradeço por tudo o que fez por nós.)


Sem recursos, de onde ela obteria sustento para mais três bocas em sua casa? Uma das estratégias da velha guerreira era entrar na mata e colher frutas. Ela nos deixava por horas e sumia mato a dentro. Depois voltava com aquele sorriso lindo e inesquecível, com os braços cheios de marolo, um tipo de ariticum grande. Trazia também outras frutas. Nós a amávamos muito e aprendíamos, pelas suas ações, como ser fortes. Ninguém mais do que ela devia estar sofrendo pela doença da filha.


Mas um dia a vó voltou do mato com os olhos arregalados. Não era seu costume ter medo, mas teve.


- Menino, eu não vou mais no mato!


- Por que, vó?


- Vi umas marcas de patas de onça desse tamanho! - e mostrou o tamanho com um gesto. Era verdade, pois nunca mais a vó foi catar frutas. Não comemos mais daquelas frutas-do-conde. Hoje, todas as vezes que compro uma na feira, me vem à lembrança o rosto moreno e cheio de amor da minha querida avó, guerreira inesquecível. Aí eu digo baixinho só para mim, “ por favor saudade, não me maltrate tanto!”

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Memórias de Joca


NAQUELA NOITE, BEM ALTO NO CÉU SOBRE CANIL, TODAS AS ESTRELAS DA CONSTELAÇÃO DO CÃO CONTINUAVAM A BRILHAR; MAS PARECE QUE HAVIA MAIS UMA!

  • CAPÍTULO UM -Meu nome é Joca. Tudo começou há muitas luas, muito tempo. Meus pais moravam no interior, numa chácara. Tinham Imageboa alimentação e o cuidado protetor dos seus donos. De uma ninhada de quatro, éramos dois machos e duas fêmeas. Não existe nada mais bonitinho e fofo que um cachorrinho novo. Por isso quando nascemos, mal abrimos os olhos apareceram os pretendentes. Chacareiros vizinhos ganharam Duda e Tica, minhas irmãs. Nunca mais as vi e nem esqueci a tristeza de minha mãe. O Coleirinha, meu irmão, os donos não o deram. Eu fui dado para uma família de uma cidade. Ainda pequeno fui separado de minha mãe. Se ela já havia chorado com a ida das minhas irmãs, no meu caso não sobraram mais lágrimas. Dos quatro filhotes só lhe restou o Coleirinha. Mas vida de cachorro é assim mesmo, seu destino pertence aos humanos. E muitas vezes é um triste destino. Antes de partir, lembro-me das coisas boas que meus pais contavam sobre viver na chácara. Tinham liberdade completa. Só como diversão, corriam atrás das galinhas. Perseguiam pequenos bichos do mato como raposas, coelhos e gambás. Depois havia o refrescante banho no riacho. A comida era farta junto com o carinho dos donos. A família que me ganhou morava numa grande cidade. Ali tornei-me festa para as crianças. Não é comum médicos recomendarem “um cãozinho” para descontrair humanos? Eu fazia até isso, aliviava o estresse dos adultos na casa. Meus donos da cidade, em certos fins de semana, viajavam para o campo ou praia. Achavam engraçado eu, pela minha agitação, saber quando se preparavam para as viagens. Nós, os cães, só nos falta falar. Entendemos mais do que os humanos pensam. Temos sentimentos. Nos alegramos e sorrimos. Quando é preciso ficamos bravos. Se estamos tristes e depressivos, choramos. Como todo cão é fiel, nossos sentimentos nunca são fingidos, são autênticos, verdadeiros. Nossas caudas demostram nossa alegria. Mas se as cortaram, nossos olhos silenciosamente dizem tudo. É feliz o humano que sabe interpretar o olhar e os sentimentos de um cão. Até Roberto e Erasmo, reconheceram isso em uma de suas belas canções : ...”Eu cheguei em frente ao portão, meu cachorro me sorriu latindo...”
  • CAPITULO DOIS - Nas viagens com meus donos, aos pulos e latidos eu fazia uma farra no carro. Entretanto, o mesmo veículo que me alegrava quando eu sentia o impacto do ar fresco nas minhas narinas, me lembrava o perigo que representava para nós, os cães. Quantos bichinhos inocentes atropelados pela estrada, uma carnificínia! Culpa do cão? Culpa daquele dono que não cuidou dele, não o prendendo quando necessário. Ou pior, culpa daquele que, pensando esconder seus desumanos atos, sob a escuridão da noite se desfez de seu cão sem ter compaixão, deixando-o desprotegido numa estrada, rua ou praça. Pagando com esta traição a leal amizade e o carinho que recebera. Tal ato de covardia não permitiu àquele “humano” a coragem de olhar pelo retrovisor enquanto fugia às pressas com seu carro. Ele sabia que talvez não aguentasse ver um inocente e fiel amigo, que sem entender nada, desamparado, inutilmente corria com todo seu fôlego para tentar alcançar o veículo, que ficava mais distante até sumir. Ah, o cãozinho nunca o alcançaria, porque era apenas um cão e o carro tinha muitos cavalos no motor, e tornava-se inalcançável porque ainda tinha um...um... - para dizer pouco - um insensível no volante. Aquele “humano” não teve coragem para ficar e, escondido, ouvir a voz lamentosa do cão traduzida nos uivos da solidão, do abandono, do sentimento de perda, naquela triste noite e nas seguintes. E assim, com a fome e a sêde - que não doía tanto quanto a ingratidão - mais um cão farejaria todos os dias metro por metro de uma rua, de uma praça ou de uma estrada para encontrar o cheiro daquele que, por seu ato, não mereceria mais nada; nem vindo de um cão. Ah, se os cães falassem! Para cada um, magro, triste e doente, perambulando com fome e sêde ao relento, ou morto no trânsito das cidades e das estradas, haveria sempre uma história, não muito bonita, para ser contada sobre um “dono”. Eu conheci milhares de histórias desses injustiçados. Mas vou contar a minha, que com certeza é parecida aos daqueles milhares.


  • CAPITULO TRÊS - Quantos anos vive um cão? Depende do dono, das circunstâncias e dos imprevistos. Eu vivi, alegremente, muitos sóis, muitas luas, com aquela família numa casa. Sempre alimentado e bem cuidado. Havia banho, tosa, e as vacinas com as idas ao veterinário. Quantas vezes me vestiram com roupinhas engraçadas! Como ocorre com muitos cães que têm donos bondosos, eu era considerado como se fosse um membro da família. Minha vida era uma festa! Mas a vida dos humanos mudam, e a dos cães também. Certo dia, a família resolveu mudar-se para um condomínio de apartamentos. Vida de cão em condomínio não é fácil. Há implicância. Para a grande tristeza das minhas crianças e dos meus donos adultos, eu não podia continuar morando no condomínio. Na vida de um cão nessas ocasiões sempre aparecem os interessados de plantão. Muitas vezes é só interesse momentâneo, porque no primeiro xixi que fazemos onde o novo dono não gosta, lá vem chutes e xingos. Infelizmente nós, os cães, não sabemos ir no WC, como os humanos. Então, um “amigo” dos meus queridos donos me ganhou. Minha vida mudou totalmente. Nem banho nem tosa. Veterinário? Nem pensar! Não tinha mais ração. Se quisesse, havia apenas sobras de comida de humanos. Vieram os maus tratos. Não demorou muito, numa noite, fui deixado traiçoeiramente numa praça. O “amigo” dos meus ex-donos fugiu às pressas com seu carro - como sempre faz quem “leva” um cão para sumir com ele. “Levar” é uma gíria feia, deprimente, que define tal ato.

  • CAPITULO QUATRO - Sofri. Errante, perambulei pelas noites e pelos dias sem comida e água. Escorraçado levei chutes e pancadas. Fiquei quase pele e osso. Como ripas expostas, dava para contar minhas costelas. Muito do meu pêlo caiu. Quando alguns tinham dó, às vezes, me jogavam um pouco de ração e me aplicavam algum remédio ali mesmo na rua. “Tadinho” - diziam. Meu teto era o céu. À noite eu tinha a lua como companheira. As estrelas, lindas, me faziam meditar. Ah, como eu desejava ser uma delas e estar brilhando no espaço, lá na Constelação do Cão! Então, eu ria deste meu sonho absurdo e voltava à realidade, tendo a saudade, a lembrança e a solidão como os meus cobertores contra o frio e a chuva. O gostoso cheiro dos meus primeiros donos, no meu faro enfraquecido, se perdera no tempo. Eu estava envelhecido, perdendo a visão, e me restavam poucos dentes. Foram muitos e muitos dias nos quais o medo superava a esperança. Mas me restava um consolo: a culpa não era de Deus, o meu Criador; era de humanos que não cumpriram o sagrado dever de cuidar de seus animais domésticos. Certo dia, após ouvir os latidos aflitos dos meus colegas na rua, senti de repente um laço apertando meu pescoço. Parecia um arame me sufocando. Com aquele aperto na garganta fui erguido e jogado de qualquer jeito dentro de um veículo que até as crianças conhecem: a famigerada “carrocinha”. Ninguém gosta dela. Mas cumpre o papel de livrar as ruas e praças dos cães “vadios”. Vadios? A verdade é que todos aqueles meus colegas, certamente, tinham ou deveriam ter um dono. Se foram abandonados de quem era a culpa? Os cães são inocentes, porque são dependentes dos donos. Mas se há “humanos” que descartam até seus filhos, imagine o que não fariam com um cão!

  • CAPITULO CINCO - A “carrocinha” estava cheia de colegas. Cada um com uma história. O Banzé, fora do seu portão bisbilhotava a rua quando foi capturado. Não parava de chorar. Suas crianças viram de longe quando foi laçado. Eu o consolei. Ele estava arrependido por ter desobedecido e ido para a rua sozinho. Mas agora era tarde. Fomos levados ao canil. Canil de departamento das zoonoses das grandes cidades é como um campo de concentração onde, na média diária, várias dezenas de nós somos mortos para darem lugar a outros que são continuamente capturados para igual destino. É lugar de matança contínua. Naquele canil, eu e o Banzé ficamos na mesma “cela”. Passou uma lua e um sol. Eu não tinha esperança de nada. Jamais meus primeiros donos apareceriam, pois nem sabiam se eu ainda existia. Mas o Banzé e outros, com os olhos fixos nas grades, esperavam um resgate. Havia aqueles que contavam com a chance de uma adoção. Eu não. Passou outra lua e outro sol. Nada. Depois da terceira lua, quando o terceiro sol surgiu, para a alegria do Banzé, seus donos apareceram e o resgataram. Disse-me com lágrimas: “Meu querido velho... nunca o esquecerei”. Houve grande emoção ao despedir-se dos outros. Prometeu que nunca mais iria sozinho à rua. Alguns poucos foram adotados. Mas quem adotaria um cão velho e maltratado pela vida como eu? Passou o terceiro sol e veio a quarta lua. Quando surgiu o quarto sol, os carrascos do canil apareceram na minha cela. Não faziam aquilo com sorrisos. Entendi que, como os laçadores de cães da carrocinha, eles também precisavam ganhar o pão. Fui levado para o local do sacrifício. Amedrontado e confuso pensei: “Antigamente éramos mortos numa câmara de gás, como o cruel Hitler fazia com os indefesos judeus. Agora há método novo e morremos com uma rápida injeção letal. Os humanos ficaram mais bondosos!” Me lembrei das palavras com as quais Deus, o Criador dos humanos e dos cães, adverte seriamente os homens nos Provérbios da própria Bíblia Sagrada deles. Gente!, eu ouvia meus antigos e bondosos donos lerem na Bíblia: “O justo importa-se com a vida dos seus animais domésticos, mas as misericórdias dos iníquos são cruéis.” Em seguida, senti uma picada fina, a da última agulhada da injustiça que a vida me dava. Não conseguia contar mais nada porque já estava sentindo os efeitos da injeção mortal que fazia meu coração parar. E, ainda desejando tanto ter sido uma estrela do céu...eu...

NAQUELA NOITE, BEM ALTO NO CÉU SOBRE CANIL, TODAS AS ESTRELAS DA CONSTELAÇÃO DO CÃO CONTINUAVAM A BRILHAR; MAS PARECE QUE HAVIA MAIS UMA!

MEMÓRIAS DE JOCA

Literarura brasileira - Conscientização, proteção animal

Autor John Fellinus - autor brasileiro - Copy©right : Nillo Gallindo - Extrema - MG

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Tenha a posse responsável de animais. Abandono e maus-tratos de animais são crimes punidos por lei, podendo ocasionar prisão e multa. Se souber dessas ocorrências denuncie à Associação Protetora de Animais de sua região.

Ego

EGO


Ego, comida e água

Convertidos em matéria fecal e urina

Que deixam restos em mim

Para que os utilize enquanto resto.

Ego, restos.

Força na juventude

Rugas mais tarde.

Ego, restos.

Estico-os na velhice

Pelos mágicos bisturis

Que retalham a beleza:

Esticam-me por fora

Encolho-me por dentro.

Ego, restos

Do mendigo de rua

Resto da sociedade.

Ego, restos

Do poderoso do mundo

Que aperta o botão de ogivas

E em flatos de gordos átomos

Transforma restos em nada.

Ego, comida e água

Convertidos em matéria fecal e urina.

Ego, restos

Que pensam que não são.

O Rosto Enaganador e o Falso Coração

O ROSTO ENGANADOR ESCONDE O QUE O FALSO CORAÇÃO DESEJA (Shakespeare)

No Natal o Papai Noel é muito mais lembrado às crianças do que Jesus Cristo. Na Páscoa têm vez o coelho e seus ovos de chocolate que são lembrados muito mais do que o personagem que a humanidade diz comemorar, o mesmo Jesus Cristo. Não é uma hipocrisia movida e promovida pelo comércio ganancioso e arrasador dos bolsos já minguados? O criador da frase que é título desta coluna é Shakespeare. Mas Benjamin Franklin disse também: O FALSO AMIGO É COMO A SOMBRA, SÓ NOS ACOMPANHA QUANDO O SOL BRILHA. Certa vez uma jovem que havia ficado cega em razão de diabetes muito avançada nos disse que, sua vida, enquanto era saudável, era cheia de companheirismo, de amigos e amigas, mas quando teve a infelicidade de ficar doente e até cega, seu telefone nunca mais tocou nem por engano. Todos seus “amigos” e “amigas” evaporaram e parecia que ela nunca existira! Aquela jovem narrava isso com tristeza; ela não entendia por quê. Isso é verdade em relação ao gênero humano. Amor verdadeiro existe muito só na teoria, na prática é quase zero. Na vida, enquanto tudo está bem conosco “amigos” não nos faltam, mas, na desventura, somem, desaparecem. Quando tudo está bem parecem formigas no açúcar ou no mel. Entretanto, em situações adversas, se assemelham àquele nevoeiro que se dissipa e some ao calor do Sol. Foi isso que Franklin quis dizer: se o Sol estiver brilhando em nossa vida ou se estivermos com tudo bem na vida, então, “amigos” existirão e nos acompanharão onde formos como a sombra não larga de nós e nos acompanha quando o Sol brilha. Todavia, se o Sol de nossa vida não brilhar, ou ficar ofuscado pelas nuvens dos problemas, os “amigos” não se lembram mais nem para tocar o telefone como se fosse “por engano”, eles nos deixam, nos esquecem, como a sombra também não existirá sem a luz do Sol. Este é um bom lembrete e raciocínio nesta época que chamaram de páscoa, na qual muitos se reuniram para comemorar e comer bastante bacalhau e chocolate até arrebentar. Nesta época, segundo o folclore da cristandade há a “malhação do Judas”. Quem foi Judas? Um “amigo” de Jesus Cristo. Aliás, alguém que se “dizia” amigo e seguia-o junto com todos os outros apóstolos. Mas, como mostra a frase de Shakespeare, aquele rosto enganador de Judas escondia o que ele desejava no coração: “vender” o seu amigo e benfeitor na primeira chance que tivesse. E o conseguiu, se tornando o símbolo histórico da traição. Diferente do Judas, que nosso rosto seja sempre verdadeiro. Que nosso rosto nunca esconda no coração desejos maus contra os outros que nos acreditam como amigos verdadeiros. Que nosso rosto não esconda no coração aquele disfarce com vontade de tirá-los do nosso caminho, derrubá-los ou denegri-los só por que eles, sem o saber, nos incomodam. Que o nosso rosto, nossa face, nosso olhar, representem aquilo que nosso coração é ou deseja de verdade. Que quando olharmos nos olhos de alguém, o fitemos diretamente, olho no olho, com coragem, verdade e sinceridade mesmo que o que tenhamos para dizer seja forte ou doído. Que nunca precisemos falar com alguém olhando para o chão ou para os lados para disfarçar. Porque nosso rosto pode esconder por um tempo certas coisas, mas não poderá esconder por TODO o tempo o que está no coração. E com Judas foi assim: seu falso rosto um dia revelou o que ele tinha no coração.

Você é Apenas Menor que os Anjos

VOCÊ É APENAS MENOR QUE OS ANJOS

Basta de correria! Vou sair um pouco e apreciar a minha montanha. Quero sentir a brisa lá fora e olhar para as mesmas estrelas que me deram as boas-vindas quando nasci Quão bela está a noite! As estrelas estão tão próximas daqui. Quase as toco com as mãos! Vieram beijar a montanha. Quero dar uma pausa na correria da vida e olhar para isso que o maior dos artistas fez para deslumbrar os meus olhos, minha mente. Admirando este manto azul aveludado, cheio de brilhantes pingos de prata, eu me lembro de um poema de Davi. Todo o céu é mudo, mas fala sem dizer uma só palavra. Ouço. "Os céus declaram a glória de Deus e a expansão está contando o trabalho das suas mãos... quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele?...Tu o fizeste um pouco menor que os anjos; de glória e honra o coroaste e o designaste sobre as obras das tuas mãos." Ah! Como procurei desde criança frases como essas! As estrelas são minhas, eu sentia isso, só não sabia como, mas agora sei. Apesar de Deus ter feito as estrelas tão magníficas, aglomeradas em um número incalculável num espaço de muitos bilhões de anos-luz, Sua memória é tão vasta quanto o infinito e LEMBRA-SE DE MIM! Ele dá tanto valor a toda a água dos oceanos quanto à minha pequenina lágrima! E esta frase decisiva e maravilhosa: "sou apenas menor que os anjos? Ora, existe algo melhor para o coração do que isso? Por que demorei tanto para saber algo tão simples: depois dos anjos... sou eu! Então, se sou apenas menor que os anjos, eu tenho muito valor aos olhos Daquele que fez as estrelas e que, colocando-as em rumos fixos e rígidos teve a amorosa idéia de dar vida e a sua semelhança a um simples montinho de pó. Um punhado de pó com condições de decidir a favor da paz, da justiça, da verdade e do amor, colocando-o num planeta lindo, uma jóia azul, num dos cantinhos da Via-Láctea para, de lá, admirar todas as outras galáxias! E para admirá-las me deu os olhos para contemplar tudo. E, exagerando na sua bondade, no seu amor e na sua tecnologia sobre a vida, fez com que eu pudesse ver em cores. Deu-me os ouvidos para que eu ouvisse o canto dos pássaros, o murmúrio do mar e a Sua canção - a canção de Deus na voz do vento. Deu-me o tato para que sentisse a brisa fresca e suave por onde Ele sopra. E o olfato para que admirasse as fragrâncias das flores do seu jardim em número incalculável. E o paladar? Para que eu experimentasse todos os sabores que inventou e nunca me cansasse. Ele me deu tudo isso e muito mais coisas! Sendo Ele a FONTE DA VIDA, afirma que eliminará a morte! Esta coisa abominável que eu tanto detesto. Esta assassina que tira de mim, arranca de mim e de todos, os entes queridos, os amigos, os irmãos humanos, os companheiros da jornada da vida. Esta coisa detestável que só existe com a finalidade de fazer sofrer e chorar, que não serve para nada e é só um grande desperdício. A quem, até hoje, esta infame não fez soluçar, derramar lágrimas alguma vez e provocar a mais longa das saudades com a grande dor do nunca mais - apesar do "consolo" religioso? Morte és infame, "és a maior inimiga do homem" - como diz a Bíblia. Assassina é o seu nome! Aquela que interrompe um desejo natural, com o qual eu nasci, pois fui programado com a vontade de viver cada vez mais. Eu não me envergonho de falar a verdade: detesto, repudio a morte, pois meu íntimo sente que fui feito para viver e que ela é uma contradição, é uma aberração da vida. E como prova o sofrimento nos velórios mostra a verdade do íntimo humano. Por que os velórios não são alegres como num aniversário? É porque ela é o fim dos aniversários! Então por que endeusá-la e torcer a verdade, como se a morte fosse amiga e mentir para mim mesmo? Se a morte fosse boa, natural e necessária, o próprio Filho de Deus a teria enaltecido e falado bem dela. Mas ele não fez isso nunca. Ao contrário, quando morreu seu amigo Lázaro, de Betânia, ele não disse aos presentes: "fiquem alegres, pois Lázaro está melhor agora do que antes..." ou coisas assim. Não! O Filho de Deus gemeu, sofreu, ficou triste, CHOROU e ressucitou o amigo. Tirou-o do túmulo. Ressucitou, ainda, o jovem filho da viuva de Naim; teve pena da viuva. Por que não disse a ela que a morte era boa? Ressucitou a filha de Jairo. Por que não disse a Jairo que a morte da menina era coisa melhor que a vida na Terra?

A Escolha do Rumo de Cada UM

A ESCOLHA DO RUMO DE CADA UM

Ao pé de uma montanha, num rancho simples, desses retratados em calendários, cheio de furinhos no sapé por onde as estrelas entram, numa noite, em 1940, elas entraram e me disseram sorrindo: “Seja bem-vindo, querido!” - quando nasci. Mas havia outra montanha diante de mim daquele momento em diante. Cedo percebi que a vida era como uma montanha difícil, cheia de obstáculos. Mas eu tinha que subi-la. E o que me ajudaria na escalada, visto que eu nascera em berço pobre? Sem recursos financeiros, teria que adquirir algo valioso, mas que não custasse dinheiro. Tornei-me, então, colecionador de frases. As mais belas frases do mundo! Gratuitamente aquelas frases me proporcionaram muitos sonhos e esperança. Minha vida tornou-se como uma chama ardente, e os meus sonhos, o combustível que a mantém acesa. Aprendi de Eleanor Roosevelt que “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”, e de Carl Sandburg que “nada acontece a menos que sonhemos antes”. Sem sonhos (objetivos) é impossível viver. Por isso, por entre meus sonhos menores, corro para o maior dos meus sonhos, que está na Bíblia, no topo da montanha da vida! Mas os sonhos, às vezes, falham. Então, durante a escalada dessa montanha, quando meus sonhos, objetivos, não se realizam, não permito que o calor da marcha diminua e digo a mim mesmo: “Ora, eram apenas sonhos... outros virão”. Então, guardando com amor o saldo bom do que sobrou, continuo como se nada tivesse acontecido, pois meu alvo principal está no topo. Ele é real. É para lá que eu vou. E durante a subida, ah, quantas vezes caio ou sou derrubado! E a dor de uma queda é maior quando ela é provocada por “amigos”. Mas beijos não sinceros de “amigos” mesmo entre sorrisos é coisa que não falta na vida – porque todo mundo tem boca; mas só Deus vê o coração. Portanto, não me levo muito a sério nas frustrações e costumo rir de mim - sem perder o amor-próprio. Encontro assim, sementes, força para reiniciar a escalada após uma queda. Quando aprendemos a rir de nós mesmos em tudo, a subida da montanha da vida torna-se mais fácil. Quando me invadem os impulsos de altivez, orgulho e superioridade, eu paro e olho o mar, a Terra e as estrelas que já existem há bilhões de anos, e aí entendo: Minha importância, meu brilho, minha “superioridade” e meu lugar no Universo são diminutos se comparados com tudo aquilo. Sou poeira perante as estrelas e um piscar de olhos diante da eternidade. Mas se, ao contrário, me sinto pequeno demais ao ponto de ficar deprimido, percebo que a mim foi dado algo que as estrelas não têm. Ah, elas não têm o que eu tenho! Elas são inanimadas e executam rumos fixos predeterminados pelo Senhor da Física, o Criador. Eu, porém, tenho vida. Posso rir, cantar, amar, sentir e... até chorar. Tenho uma mente e um coração que as estrelas não têm! Tenho o poder da escolha e posso escolher meus rumos livremente. Qual é o seu rumo? Para onde aponta a sua bússola? Levante-se, erga-se, siga; o topo da montanha o espera! (Do meu livro “As Mais Belas Frases do Mundo – Para Subir a Montanha da Vida.)

A Força de Cada Um

A FORÇA DE CADA UM – Pão e Circo, ontem e hoje

Os animais de circo - diferentes dos livres da floresta - foram iludidos desde filhotes para não saber a força que possuem. O elefante, imenso animal, dono de uma poderosa força, acredita desde bebê que é um fraco, sem forças. Desde pequeno o domador amarra a pata do elefantinho a um toco de árvore. Ele cresce acreditando não ter forças para se libertar e se conforma. Até que um dia...! Bem, veremos depois como ele se liberta. A imaginação do homem também é domada pelas tradições, hábitos e costumes que o rodeiam desde o berço. Somos produto do meio, como se fôssemos sardinhas enlatadas mentalmente. Algo que a política busca é “enlatar” mentes humanas. Uma das maneiras que o povo é enlatado mentalmente é através da política do “Pão e Circo” descoberta e usada pelo Império Romano. Com o crescimento urbano no Império Romano veio também os problemas sociais. Como havia escravidão desapareceram os empregos no campo. O grande número de desempregados foi para as cidades em busca de trabalho e melhoria de vida. Com medo de uma revolta, Roma descobriu a política do Pão e Circo. Bastava oferecer alimentos e diversão aos romanos. Funcionava! Houve ano de haver 175 feriados em Roma para festas. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma). Ali o povo vibrava e ganhava alimentos. Desta forma, com “pão e circo” a população carente esquecia os reais problemas da vida e diminuíam as chances de revolta contra o Império. Existe algum paralelo no mundo moderno? Grande massa de gente saiu do campo e foi para as cidades buscar “nova vida”. Tem até música sobre quem “vendeu o sítio e foi para a cidade”. Assim surgiram favelas. No entanto, hoje, neste mundo tão “democrático” o único perigo de revolta que existe é a REVOLTA DO VOTO e os imperadores temem não serem reeleitos. Então são criadas muitas bolsas isso, bolsas aquilo e outras formas de “auxílio”. Este dinheirinho é o “pão”? E o circo? Seria a mídia que martela continuamente auto-ajuda de sucesso político governamental, novelas e os Bigs sei lá o quê? Campeonatos apaixonantes, jogos de todo tipo diariamente, estádios cheios e vibrantes com violência? Ora, tem paralelo com as lutas dos gladiadores romanos no Coliseu? Ainda Copas do Mundo, Olimpíadas... lembra de mais? Povo “gosta” de festa, de circo, e se junto vier um pãozinho, ótimo! Com pão e circo o povo “esquece”. A tática funciona politicamente. Mas, como é que o elefante descobriu sua força verdadeira? Um dia o circo pegou fogo e ele, no desespero de fugir, levou tudo no peito e na pata. AH, DEPOIS DAQUILO, SABENDO QUE ERA FORTE, BUSCOU OUTRO DONO DE CIRCO E EXIGIU METADE DOS LUCROS DE BILHETERIA.

Os Velhos e o Boi de Carro

OS VELHOS E O BOI DE CARROA grande mente de Deus e a miúda dos homens

Psicologia! A nossa vida como humanos velhos se assemelha aos velhos bois que puxaram carros: o boi de carro que envelheceu. Quando um boi fica velho, não tendo a mesma força de antes quando puxava o carro lotado para o fazendeiro, aí ele é encostado, descartado, substituído por bois mais jovens, robustos que podem fazer mais, e o destino do boi velho é o corte no matadouro. Do boi tudo se aproveita – diz o ditado – menos o reconhecimento do que ele fez na fazenda. Em empresas comerciais ou de qualquer outro tipo, é utilizado o julgamento da mente miúda dos homens. Eles se preocupam com a “produção”, o “fazer muito”, com números. Vejamos: se numa empresa durante muitos anos um homem dedica toda sua vida sendo produtivo, ele é, durante aquele tempo de grande produtor, elogiado pelos seus encarregados e superiores. Todavia, quando fica velho, já não tendo a mesma força, ficando lerdo e passando a produzir menos, não só devido à idade avançada, mas a problemas físicos que ela traz como hipertensão, diabetes, depressão ou outro mal comum da velhice, organizações empresariais humanas não encaram mais tal velho como nos tempos em que era mais jovem, quando era, por assim dizer um boi que podia puxar o carro lotado. Assim como um boi velho de carro é posto de lado, também os velhos humanos menos produtivos não servem mais – e tudo isso devido a não conseguirem produzir aquele tanto que outros ali desejam, e, não correspondendo às cobranças, de alguma maneira é descartado. Ora, idade avançada e seus males físicos não regridem, então, o fim dos velhos é o esquecimento; não servem mais! Mas resta um consolo para nós idosos. Podemos entender e saber que os de mentes miúdas que descartam os velhos por exigirem deles o que eles não conseguem mais fazer, isto é, produzir o tanto que eles de menos idade produzem, felizmente, a grande mente de Deus, sendo muito superior não pensa assim e nem nos descarta. A grande mente de Deus sabe que nossos anos são setenta, e que se alguém chega aos oitenta, devido ao vigor, geralmente é em sofrimento e dor, e lá saímos voando (morremos depois). Por isso, diferente de organizações empresariais humanas, Deus exige de cada um apenas de acordo com as circunstâncias do indivíduo e não generaliza um número produtivo “x” igual para todos. Se houvesse uma fábrica de parafusos na qual Deus fosse o patrão, ao pedir que um jovem fizesse 1000 peças, talvez pedisse a um idoso apenas 300, por exemplo. Senão, vejamos: Jesus Cristo que refletia perfeitamente a GRANDE mente de Deus ensinou que entre seus discípulos, a produção de alguém seria, simbolicamente enumerando 100, outro 60 e mais outro só 30. Diferença produtiva causada por circunstâncias diversas, e aí, com certeza entra até a idade. Esta é a mente GRANDE de Deus e não a miúda dos homens! Portanto, se você é um velho boi de carro, há um consolo para nós: a GRANDE mente de Deus, ao invés da MIÚDA dos homens. E nós não somos bois, somos mulheres e homens de cabelos brancos – e cabelos brancos muitas vezes representam ter andado nos caminhos justos do dono da GRANDE MENTE. Velho, meu querido velho, você tem muito valor. O “Antigo de dias”, o mais “velho” de todos, assim pensa!

Sogras e Noras - tantos de nós e Tolstoi

SOGRAS, NORAS – tantos de nós e “Tolstoi”

Certa piada no mundão desvairado é muito injusta, preconceituosa, de mau gosto e não tem graça nenhuma. Ela diz que sogra ao morrer devia ser enterrada de ponta-cabeça, porque se cavocasse para sair iria cada vez mais para baixo. Eu não concordo com tais piadas sem graça e que falam mal de um ser humano maravilhoso que é a sogra. Pensemos bem, se não existissem sogras não existiriam as filhas e não haveria as esposas, que um dia, também serão sogras. Portanto, sogras são seres maravilhosos. O segredo está só em se aprender a conviver, como em qualquer relacionamento humano. Uma estória diz mais ou menos isso: Uma nora não se dava de jeito nenhum com a sogra. Tanta era a animosidade entre as duas que a nora precisou ir ao psicólogo. Após meses de tratamento nada mudava e o relacionamento tenso sogra-nora continuava. A nora chegava a dizer que preferia que a sogra morresse. As discussões eram muitas, e ela achava que a sogra não tinha jeito mesmo, pois só encrencava. Um dia a sogra foi a um médico e fez alguns exames, radiografias e tomografias. Não comentou nada com sua nora. A nora comentou com o psicólogo que a sogra devia estar com algum problema de saúde e ele pediu se a nora, de maneira escondida podia trazer os exames para ele dar uma olhada. Como a nora sabia onde estavam os exames trouxe-os para o psicólogo. Ao ver os exames ele disse à nora: “vou contar-lhe algo, mas me prometa segredo, que não comentará com ninguém”. “Prometo”, disse a nora. “Sua sogra está com os dias contados, tem pouco tempo de vida. Guarde os exames de volta, não comente com ninguém”. A nora ficou animada com a notícia. Guardou os exames. A sogra tomava alguns remédios que o médico receitara. Visto que a sogra iria morrer mesmo, a nora MUDOU o tratamento com ela. Não retrucava mais quando a sogra falava ou era grosseira, respondia com ternura, com jeito, passou a ser cortês, ajudava a sogra nos afazeres e até lembrava-lhe para tomar os remédios nas horas certas. Alguns meses depois, com a mudança de comportamento da nora, automaticamente a sogra também mudou de jeito e só a tratava de maneira muito boa. Visto que o prazo que o psicólogo dera à nora estava perto de vencer, e o clima entre as duas estava maravilhoso, pois as duas mudaram o relacionamento e gostavam de conviver, serem companheiras e ajudar-se mutuamente, a nora, desesperada, disse ao psicólogo: “guardei segredo, não comentei nem com minha sogra, ela me trata muito bem, ficamos amigas; não poderei mais viver sem ela, que farei agora que ela está perto de morrer?” Então, o psicólogo disse: “Acalme-se, a coisa aconteceu, o objetivo já foi alcançado. Você aprendeu uma das VERDADES da vida e eu já posso lhe dizer: sua sogra nunca esteve para morrer. Os exames que me mostrou eram todos bons e ela só precisava fazer um tratamento comum sem nenhum risco. Eu disse que ela ia morrer para ver se VOCÊ mudava seu jeito de ser, sua maneira de tratar pessoas. Como VOCÊ MUDOU, sua sogra também mudou. Porque cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a SI mesmo – disse Tolstoi. Portanto, filha, de agora em diante viva feliz, VOCÊ tratando bem os outros custe o que custar, e os outros MUDARÃO!”

O Poder da Verdade

O PODER DA VERDADE

Foi numa terra distante. Há muito tempo. Mas as pessoas eram semelhantes a nós. Elas amavam, odiavam, diziam a verdade, mentiam, choravam, sorriam, eram altruístas e às vezes egoístas; parecidas a nós com virtudes e defeitos, pois, como se diz, ninguém é perfeito. Naquela terra um príncipe estava em busca de uma pessoa que falasse a verdade custasse o que custasse. Caso encontrasse tal moça ele se casaria com ela. Então, ele imaginou um engenhoso plano para encontrar sua amada, se é que ela pudesse existir. Não, esta não é a história da Cinderela que experimentou o sapatinho, é outra, diferente. Mas é a história de uma humilde camponesa que amava muito um príncipe, suspirava por ele, no entanto, ele nem sabia que ela existia. O plano do príncipe era fazer um baile no castelo real e o anunciou por toda a região. Espalhou a notícia que, naquela noite, durante o baile escolheria a moça com quem se casaria, para isso era necessário apenas que passasse por um pequeno teste. Seria tudo divulgado no baile e todas as moças do reino, pobres ou ricas, socialmente importantes ou não, estavam convidadas a comparecerem. Até as mais pobres poderiam vir. Depois de muitos preparativos chegou a grande noite. Centenas de moças compareceram pretendendo passar no teste e ser a escolhida. Ora, que moça não quer se tornar uma princesa? A camponesa, tímida e mesmo achando não ter nenhuma chance, foi. Ora, seu amor pelo príncipe era maior que tudo. O baile foi lindo. O príncipe dançou com todas, e com a tímida camponesa também. Ao final do baile pediu que as moças fizessem um fila e uma a uma pegasse das mãos dele umas sementinhas. Disse a cada uma: “Aqui estão sementes de uma bela flor. Levem para casa, plantem-nas e cultivem-nas em vasos. Daqui a seis meses farei outro baile e a que trouxer a flor mais bem cuidada, esta eu escolherei para ser a princesa e me casarei com ela. Depois de seis meses ocorreu o novo baile. Todas as moças compareceram e em meio a elas a camponesinha. Ao final do baile o príncipe pediu novamente que todas fizessem uma fila para apresentar as flores à Sua Majestade. O príncipe olhava flor por flor, observava e cortesmente conversava com a dona da flor, depois pedia que ficasse junto às outras que já haviam mostrado as flores. Sua Majestade se surpreendeu com a última da fila a se apresentar e que era a camponesinha. Tímida, com os olhos fitando o chão não tinha coragem de olhar para sua Alteza. E ele perguntou; “Por que estás tão triste e com lágrimas na face, onde esta a flor que cultivaste”? Ao que ela respondeu: “Majestade, sinto-me muito infeliz, envergonhada, pois minhas sementes não germinaram; não nasceu nenhuma flor. Mesmo assim, meu amor por Sua Alteza é tão grande que resolvi mostrar meus vasos mesmo vazios”. Gargalhadas e risos das concorrentes ecoaram pelo salão real. Sua Majestade pediu silêncio e com voz sonora disse: “Aqui está a minha escolhida como esposa. TODAS as sementes que eu dei às concorrentes eram estéreis e nenhuma poderia germinar. Esta moça foi a única dentre todas que, custasse o que custasse, disse a VERDADE!”

Aprendamos a Rir com a Vida... renasçamos

APRENDAMOS A RIR DA VIDA, E RENASÇAMOS COMO A FÊNIX

Fazia tempo que eu não ia a São Paulo, Guarulhos. Fui. Aconteceram alguns fatos engraçados. Não direi o dia, mas peguei o ônibus das cinco e vinte da manhã em Extrema. Claro que servido pela nossa querida Viação Cambuí, que sempre serviu e serve tão bem a nós extremenses em viagens para Sampa. A Cambuí nos serve bem, a meu ver, e eu, particularmente, nada tenho a reclamar da empresa, só elogio, pois a utilizo há 17 anos. Entretanto, algo interessante ocorreu nessa viagem. Sabem que velhos como eu, com setentinha, costumam ter micção freqüente, isto é, para quem não sabe: faz pouco xixi, mas muitas vezes. O ônibus tinha sanitário. Correndo até lá, por mais que forçasse a porta não abria. Conversando com alguns passageiros, os mesmos me disseram que isso ocorre algumas vezes: o banheiro parece que fica trancado. E, disseram, já houve um caso de um passageiro “nervoso” e talvez “apertado” ter aberto a porta com ponta-pé. Não sei se isso foi verdade, mas no meu caso o sanitário não abria mesmo e eu procurei agüentar até chegar ao destino. Mas isso não tira o valor do grande serviço prestado pela Cambuí a nós passageiros e ela só merece elogios. Tenho certeza de que tais coisas não ocorrerão mais e serão eliminadas. Parabéns Viação Cambuí, pelos excelentes serviços a nós prestados! Chegando a Guarulhos pratiquei uma gafe danada. Ao entrar num sanitário do Parque Cecap, estava tudo escuro, era bem de manhã. Não entrei e fiquei na porta. Então entrou um rapaz. Perguntei a ele: “cadê o interruptor para acender a luz, não tem?” Ele me disse: “basta entrarmos e a luz acende automaticamente, não precisa interruptor”. Entramos e a luz acendeu! Percebi como estou atrasado em certas tecnologias já antigas. Tomando o ônibus no terminal Armênia para o Parque Cecap, havia um cobrador idoso e gordo, de olhar fixo no horizonte sem olhar para a cara de ninguém, parecia alheio a tudo em volta. Perguntei: “quanto é o ônibus?”. Ele já não gostou e disse-me com a cara fechada de poucos amigos: “3,85”. Dei cinco reais. Ele pediu cinco centavos. Perguntei “pra quê cinco se o ônibus é 3,85?” Foi a gota d’água. Ele, revoltado, bateu com as mãos na mesinha e vermelho, estourando tensão pelos olhos e colesterol pelos poros da face bochechuda repetiu: “QUERO CINCO CENTAVOS!” Dei os cinco. Sem me olhar ele voltou 1,10. Foi aí que entendi o pedido de cinco centavos, mas fiquei quieto e fui para o fundo, pois o homem, percebi, odiava aquele serviço que estava fazendo, ainda mais naquela idade avançada e obesa! Odiar o trabalho que se faz é horrível, faz a pessoa sofrer. O certo é o que disse o Assis Antunes: “Procure fazer o que gosta, se não for possível, aprenda a gostar do que faz”. Eu tinha ido a Guarulhos motivado por uma frase que li no meu último holerite da Prefeitura (de abril/2010). Dizia: “NADA ESTÁ PERDIDO... SEMPRE É TEMPO. Dentro de ti estão os recursos para uma nova vida e uma carreira ainda maior”. Como aos 70 anos foi obrigatório deixar a Prefeitura, eu, que tenho mania de Fênix, fui tentar “renascer” com os 70. Plantei novas sementes, espero que comecem em breve a germinar e minhas novas asas decolem e voem. Rindo da vida AVANTE FÊNIX!

O Poder do Reconhecimento

O PODER DO RECONHECIMENTO – Ao invés de patadas; flores!

O reconhecimento produz amor e riquezas, coisas boas. Reconhecer e elogiar outros levou Rockfeller a acumular milhões de dólares. Andrew Carnegie, empresário americano de grande sucesso, escreveu em sua sepultura: “Aqui jaz um homem que soube ter junto a si homens que eram mais inteligentes que ele”. Ora, elogiou até depois de morto. Uma estória conta que uma lavradora, depois de duros dias de trabalho sempre cozinhava da melhor forma para seus companheiros. Nunca obteve um reconhecimento ou elogio. Certo dia, ao invés de fazer uma gostosa comida colocou na mesa alfafa nos pratos. Quando indignados perguntaram se ela tinha enlouquecido, ela retrucou: “Ora, como é que eu ia saber que não gostavam de comer outra coisa se nunca elogiaram meus pratos até hoje? Faz vinte anos que cozinho para vocês e nunca me disseram que não gostavam de alfafa; e nunca disseram que gostavam do que eu cozinhava”. Um estudo sobre esposas abandonarem os maridos revelou que a principal causa foi “a falta de reconhecimento”. Também este era o motivo maior de esposas serem abandonadas. É que o casal se acostuma tanto com a presença dos dois que nunca se lembra de dizer o quanto um estima o outro. Houve um caso real. Uma mulher solicitou ao marido que a ajudasse a se aperfeiçoar elaborando para ela uma lista com seis coisas que, segundo ele, ela poderia fazer para melhorar e se tornar uma esposa mais eficiente. O marido relatou depois: “este pedido me deixou surpreso porque, francamente, a meu ver, seria muito fácil eu relacionar seis coisas em que eu gostaria que ela mudasse – e ela, por sua vez, poderia ter relacionado milhares de coisas em que eu devia mudar –, mas não o fiz. Em vez disso, disse-lhe: ‘Vou pensar nisso e amanhã pela manhã dou uma resposta’. Na manhã seguinte, levantei-me muito cedo, liguei para uma floricultura e pedi que entregassem seis rosas vermelhas à minha esposa, acompanhadas de um cartão com os dizeres: ‘Não consigo me lembrar de seis coisas em que você poderia mudar. Eu a amo do jeitinho que você é’. – Quando cheguei em casa naquela noite, sabem quem me recebeu à porta? Exatamente. Minha esposa! Estava quase chorando. Nem preciso dizer, fiquei extremamente contente POR NÃO TÊ-LA CRITICADO como ela me pedira. Muitas amigas dela, quando souberam, vieram me dizer: ‘Foi o gesto mais cortês que vi em toda minha vida’. – A partir dali compreendi o poder que tem a apreciação, o reconhecimento, o elogio e a NÃO CRÍTICA, mesmo quando a julgamos merecida.” Como você trata seus subordinados ou seus colegas? E sua família? - (matéria adaptada de um livro de Dale Carnegie)

O Leão, o cachorro e o Burro

APRENDENDO COM OS ANIMAIS – O leão, o cachorro e o burro

Aprendamos com o leão: ele é o Rei dos animais, imponente, forte. O leão vive uns 20 anos em grandes famílias, onde há um macho dominante, muitas fêmeas e crias. Machos jovens são afastados do grupo pelo macho dominante. Depois voltam para disputar com este a liderança do grupo. Se o macho dominante perder, o novo macho tentará eliminar todas as jovens crias da linhagem do antigo dominador para não deixar herdeiros. Só as fêmeas caçam e, na caça, perdem a noção das necessidades matando animais além da conta. O macho é o primeiro que se alimenta. Só depois de saciado ele deixa as fêmeas e os jovens comerem. Machos expulsos juntam-se em grupos para caçar mas não têm prática e, famintos, sobrevivem de restos que encontrem. Fêmeas solitárias ou com crias caçam sozinhas para alimentar a sua prole. É difícil sobreviverem. Na selva o leão é soberano, dominador, truculento, devorador. Assim, ele não tem amigos verdadeiros porque amigos preferem ser liderados em lugar de dominados (ou devorados). Mas como tudo na vida o leão também chega ao fim. La Fontaine contou: "Um Leão, já velho e sem forças, repousava no seu covil. Os outros animais, aproveitando-se da sua fraqueza, resolveram vingar-se dos maus tratos que ele lhes infligira quando era jovem e forte: o cavalo deu-lhe um coice, o lobo deu-lhe dentadas e o boi deu-lhe uma chifrada. O velho leão agüentou e não se queixou. Foi então que viu um burro a correr na sua direção, pronto para agredi-lo também. O leão disse: É demais! Aceito morrer, mas ser insultado por um burro é morrer duas vezes!” Moral da história: Receber um castigo de pessoas ilustres é suportável, mas recebê-lo de ignorantes, na fábula resta demonstrado que é deprimente. Na outra ponta da gangorra da vida animal vive o humilde cachorro. Mas ele possui a técnica de ser o maior conquistador de amigos do mundo! Teste. Trate-o bem e ele começará a sacudir a cauda e aquilo diz: “eu gosto de você”! Ele pode até saltar sobre você para demonstrar que o estima de verdade. É fiel, não engana. E você sabe que atrás desta demonstração de afeto do cachorro não existem motivos falsos, pois ele não deseja vender prédios, ganhar votos nem casar com você! Já percebeu que o cachorro é o único animal que não precisa trabalhar para viver? A galinha põe ovos, a vaca dá leite, o canário canta, o cavalo e o burro fazem força. Mas o cachorro vive exclusivamente dando apenas amor. E este animalzinho nunca leu um livro de psicologia! O cachorro sabe que pode fazer muito mais amigos interessando-se nos outros do que se ficar tentando que os outros se interessem nele. Se aprendermos com cachorro teremos amigos verdadeiros. E com o leão? Ora, resta demonstrado: não teremos amigos sem interesse. A chave da filosofia do cachorro? Ter interesse verdadeiro nos outros e não querer que os outros se interessem por nós. (Do livro: Como fazer amigos e influenciar pessoas - Dale Carnegie). O cachorrinho mais bem-quisto ou “preferência nacional” é o conhecido como “vira-latas”. Costumam ser inteligentes, afetuosos e têm temperamento dócil. São mais companheiros e vigilantes que cães de raça definida como Pit Bull, Rottweiler, Fila etc.

De limão a Limonada

SE A VIDA NOS DER LIMÃO FAÇAMOS LIMONADA, VAMOS LÁ, CORAGM!

A vida nos apresenta muitas situações que não julgamos serem as melhores. Há fases das quais reclamamos muito, não gostamos. Às vezes não suportamos ter que efetuar certo trabalho, ter aquele emprego, enfim, ficamos totalmente descontentes e podemos até entrar em depressão devido à situação que julgamos adversa. Para nós, ali, parece não haver nenhuma saída. Mas alguém disse: “Se a vida nos der um limão façamos uma limonada”. Esta frase é muito utilizada em de livros de psicologia ou auto-ajuda. Na prática o que significa transformar limão em limonada em circunstâncias da vida? Pode ser em qualquer circunstância, até nas piores. Um trecho de um poema diz: “Numa mesma cela há dois prisioneiros, eles olham pela mesma grade à noite. Um só olha para a lama lá fora; o outro se deleita com as estrelas”. Isso significa que em toda situação há sempre duas maneiras diferentes de encará-la, vai depender de cada um. O tolo, se tiver um limão dado pela vida renuncia, sente-se derrotado, foge da situação e não vê nenhuma chance de mudança para melhor. Já a pessoa refletiva, ao ter um limão, pensa: “essa situação é azeda, amarga, ruim, não é boa, todavia, posso transformar este infortúnio em algo melhor, que talvez não seja bem o que eu desejava, mas, no momento, terei pelo menos uma limonada e assim esta situação “limão” não parecerá tão mal. Assim, aquela pessoa lutadora, como se diz no boxe não joga a toalha e continua lutando com todas as suas forças para reverter a situação. Os gregos, quinhentos anos antes de Cristo, ensinaram que “as melhores coisas são sempre as mais difíceis!”. Dale Carnegie conta que um fazendeiro na Flórida era totalmente infeliz, pois adquirira uma fazenda horrível e sua situação era pior que um azedo limão-bravo. Quando comprou a fazenda ficou totalmente desanimado com o péssimo negócio. A terra era ruim, péssima, nada nascia nela; não era cultivável. Não podia plantar árvores frutíferas nem criar porcos, nada. Nada vingava ali a não ser arbusto e uma quantidade imensa das terríveis e mortais cobras cascavéis. Havia aos montes! Teve então uma idéia e procurou tirar vantagem da desvantagem. Como iria transformar uma situação de limão em limonada? Talvez um desistente teria fugido aterrorizado pelas terríveis cobras. Mas ele aproveitou o quê? As cascavéis! Transformou seu negócio que ficou conhecido como uma “Fazenda de Cascavéis” e mais de vinte mil turistas por ano iam visitar por curiosidade sua fazenda. E para surpresa de muitos vendia carne de cascavéis enlatada para o mundo inteiro! Embarcava o veneno das cascavéis para todo os lugares para fabricar antídotos. As peles das cascavéis tinham altos preços para bolsas e sapatos. (não vá você querer criar cobras, isso é trabalho só para quem entende da coisa! Esta é apenas uma das história de pessoas que transformaram limão azedo em boa e doce limonada.) Você está agora com “limão” na vida? Busque um meio de transformá-lo em limonada. A felicidade não é só ter prazer; é, em grande parte VITÓRIA! É ter aquela sensação de êxito, de triunfo, de não ter desistido e ter vencido a situação, por ter transformado “limão em limonada”. Olhe, não para a lama, mas para as estrelas, pois como não há bem que não tenha fim; não há mal que dure para sempre.

Como Amar as Flores de Cactus

COMO AMAR AS FLORES DE CACTUS - baseado em autor desconhecido

Cactos são vegetais espinhosos. Ferem quem tem contato com eles. Todavia, os cactos por entre seus espinhos produzem belas flores. Mesmo os cactos ferindo quem os cultiva, seus ferimentos não serão lembrados, se olharem a beleza das suas flores. Isso suplanta a dor dos ferimentos. Nós, os humanos, somos parecidos com os cactos. Temos mais espinhos que flores. Temos mais defeitos que boas qualidades. No entanto, as flores que produzimos, ou poucas boas qualidades, permitem-nos pôr em prática o amor e amar, desde que, nos fixemos nas poucas boas qualidades do próximo e não nos seus muitos defeitos, que, ora, também temos. Mas é preciso entender por quê. Será que podemos amar de verdade? A todos? Até mesmo aquele que ironicamente chamam de “caboclo” porque nós, talvez, divulgamos algo sobre ele? Sim, podemos aprender a amar a todos. A chave é aprender a aceitar as pessoas mesmo quando elas nos desapontam. Quando fogem do ideal que queremos que elas tenham. Quando nos ferem com palavras ásperas ou ações que não nos agradam. É difícil aceitar as pessoas do jeito que elas são e não como nós desejamos que elas fossem. É difícil, muito difícil, mas precisamos aprender, porque nós não somos um “modelo único” ou o “metro de medir” todos. Para aprender a amar precisamos escutar não só com os ouvidos, mas também com os olhos. Escutar o íntimo. Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, a face triste, os olhos – porque os olhos dizem mais coisas que as palavras. Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, mecânicas e superficiais. Descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta. Temos que aprender a penetrar no sorriso e saber quando ele não é real e quando aquela alegria é forçada, simulada. Precisamos descobrir a dor do coração de cada “caboclo”! Aos poucos, podemos aprender a amar se aprendermos a perdoar. Pois o amor perdoa e lança fora as mágoas, apaga as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravaram no coração ferido. O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos e nem cultiva ofensas recebidas com um canteiro de lástimas próprias. O amor perdoa e esquece extinguindo a dor da mágoa. Passo a passo, se agirmos assim aprende-se a amar. Aprenderemos a descobrir o valor que se encontra dentro da vida de cada pessoa. Aquele valor que não aparece muito porque foi, talvez, soterrado pela rejeição que aquela pessoa teve durante a vida, pela falta de compreensão que lhe faltou, o carinho e aceitação que não teve, pelas duras experiências vividas ao longo dos anos – e não deve ter sido fácil para os “caboclos”! Precisamos aprender a ver nas pessoas o seu íntimo mais profundo e as possibilidades que Deus lhes permite e que elas as utilizam da melhor forma que podem devido suas imperfeições e circunstâncias. Temos que aprender; mas entender que é bem lenta a aprendizagem. Por que é muito difícil amar incondicionalmente, sem esperar retribuição, reconhecimento, recompensa, retorno ou sem os outros fazerem aquilo que nós queremos. Todavia, tropeçando, errando, podemos aprender. Vamos tentar amar nosso próximo como Deus nos ama.

O Peru do Imperador

O PERU DO IMPERADOR : (CRIANÇA - PEDRA NO SAPATO DO IMPERADOR)

A Roupa Nova do Imperador (ou do Rei), conto de fadas do dinamarquês Hans Christian Andersen, desde 1837 retrata o medo que pessoas têm de ser tidas como tolas e todo o esforço que fazem para que outros não pensem isso delas. Para isso TORCEM FATOS e transformam VERDADE em MENTIRA. Um Imperador era vaidoso e gostava muito de roupas novas. Sua principal preocupação era mostrar um bom visual de sim mesmo. Aproveitando-se disso dois malandros, fingindo-se de tecelões, chegaram ao reino e ofereceram seus serviços para uma nova roupa ao Imperador; a mais maravilhosa que ele vestiria. Disseram-lhe que o tecido e os fios eram tão caros e especiais que tinham a qualidade de serem invisíveis; mas invisíveis apenas para quem fosse incompetente e não tivesse inteligência para vê-los! Os verdadeiramente inteligentes enxergariam a beleza da nova roupa. “Opa – pensou o Imperador – vestindo essa nova roupa saberei quem é incompetente entre meus auxiliares!” Contratou os dois “tecelões”. Eles armaram os teares em um cômodo e trabalharam dia e noite sempre pedindo mais material caríssimo - que escondiam para levar embora depois. Ora, fingiam trabalhar; pois nos teares nada havia. O Imperador tinha medo de ir ver a roupa e talvez por ser incompetente não enxergá-la, então, mandou um velho ministro e depois um oficial para verem a nova roupa. Eles só viram os tecelões trabalhando em teares vazios, mas como a roupa só podia ser vista por pessoas competentes, e eles não queriam passar por incompetentes, voltaram e informaram à Sua Majestade que a roupa era maravilhosa. Depois o próprio rei resolveu ir ver. Não viu nada. Mas seria ele um incompetente? Então elogiou a roupa mesmo não a vendo. Os cofres do reino davam mais dinheiro aos tecelões! Bem, o fim é conhecido. O rei vestiu a nova “roupa”, desfilou pela rua, a Corte fingia carregar a cauda da roupa para não arrastar no chão, o público fingia enxergar a mais linda roupa e a aplaudia. Entretanto, uma criança que ainda não fora estragada pelo mentiroso mundo dos adultos gritou: O REI ESTÁ NU! Aí a casa caiu e veio a vergonha pública. Os espertalhões fugiram com tudo. Moral da história: este é o preço que pagam os “concordinos”, os que sabem que uma coisa é errada mas concordam fingindo que está certa, TORCENDO a verdade e fomentando a mentira, a ilegalidade. “Ai dos que puxam o erro com cordas da inveracidade (...) Ai dos que dizem que o bom é mau e que o mau é bom, os que põem escuridão por luz e a luz por escuridão, os que colocam o amargo pelo doce e o doce pelo amargo!” (Isaias 5:18,20). Os valores ganhos pelos “tecelões”, modernamente pode se ilustrar como valores gastos para manter uma mídia martelando para fazer muitos acreditarem em façanhas políticas fenomenais em vários “reinos” em “Países das Maravilhas”. Será que esta “roupa” que a mídia faz os cérebros de muitos vestirem existe na realidade? Por exemplo, um Imperador pode dizer que tudo que ele serve no reino é peru da melhor qualidade. Devido à propaganda maciça, muitos “enxergam” sabor de peru. Mas um dia uma criança pode gritar: “Majestade, o senhor não nos deu peru; porque eu ARROTEI MORTADELA!” E aí vem à tona a vergonha pública porque crianças ARROTAM VERDADES!