quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Como Amar as Flores de Cactus

COMO AMAR AS FLORES DE CACTUS - baseado em autor desconhecido

Cactos são vegetais espinhosos. Ferem quem tem contato com eles. Todavia, os cactos por entre seus espinhos produzem belas flores. Mesmo os cactos ferindo quem os cultiva, seus ferimentos não serão lembrados, se olharem a beleza das suas flores. Isso suplanta a dor dos ferimentos. Nós, os humanos, somos parecidos com os cactos. Temos mais espinhos que flores. Temos mais defeitos que boas qualidades. No entanto, as flores que produzimos, ou poucas boas qualidades, permitem-nos pôr em prática o amor e amar, desde que, nos fixemos nas poucas boas qualidades do próximo e não nos seus muitos defeitos, que, ora, também temos. Mas é preciso entender por quê. Será que podemos amar de verdade? A todos? Até mesmo aquele que ironicamente chamam de “caboclo” porque nós, talvez, divulgamos algo sobre ele? Sim, podemos aprender a amar a todos. A chave é aprender a aceitar as pessoas mesmo quando elas nos desapontam. Quando fogem do ideal que queremos que elas tenham. Quando nos ferem com palavras ásperas ou ações que não nos agradam. É difícil aceitar as pessoas do jeito que elas são e não como nós desejamos que elas fossem. É difícil, muito difícil, mas precisamos aprender, porque nós não somos um “modelo único” ou o “metro de medir” todos. Para aprender a amar precisamos escutar não só com os ouvidos, mas também com os olhos. Escutar o íntimo. Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, a face triste, os olhos – porque os olhos dizem mais coisas que as palavras. Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, mecânicas e superficiais. Descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta. Temos que aprender a penetrar no sorriso e saber quando ele não é real e quando aquela alegria é forçada, simulada. Precisamos descobrir a dor do coração de cada “caboclo”! Aos poucos, podemos aprender a amar se aprendermos a perdoar. Pois o amor perdoa e lança fora as mágoas, apaga as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravaram no coração ferido. O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos e nem cultiva ofensas recebidas com um canteiro de lástimas próprias. O amor perdoa e esquece extinguindo a dor da mágoa. Passo a passo, se agirmos assim aprende-se a amar. Aprenderemos a descobrir o valor que se encontra dentro da vida de cada pessoa. Aquele valor que não aparece muito porque foi, talvez, soterrado pela rejeição que aquela pessoa teve durante a vida, pela falta de compreensão que lhe faltou, o carinho e aceitação que não teve, pelas duras experiências vividas ao longo dos anos – e não deve ter sido fácil para os “caboclos”! Precisamos aprender a ver nas pessoas o seu íntimo mais profundo e as possibilidades que Deus lhes permite e que elas as utilizam da melhor forma que podem devido suas imperfeições e circunstâncias. Temos que aprender; mas entender que é bem lenta a aprendizagem. Por que é muito difícil amar incondicionalmente, sem esperar retribuição, reconhecimento, recompensa, retorno ou sem os outros fazerem aquilo que nós queremos. Todavia, tropeçando, errando, podemos aprender. Vamos tentar amar nosso próximo como Deus nos ama.

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