quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Escolha do Rumo de Cada UM

A ESCOLHA DO RUMO DE CADA UM

Ao pé de uma montanha, num rancho simples, desses retratados em calendários, cheio de furinhos no sapé por onde as estrelas entram, numa noite, em 1940, elas entraram e me disseram sorrindo: “Seja bem-vindo, querido!” - quando nasci. Mas havia outra montanha diante de mim daquele momento em diante. Cedo percebi que a vida era como uma montanha difícil, cheia de obstáculos. Mas eu tinha que subi-la. E o que me ajudaria na escalada, visto que eu nascera em berço pobre? Sem recursos financeiros, teria que adquirir algo valioso, mas que não custasse dinheiro. Tornei-me, então, colecionador de frases. As mais belas frases do mundo! Gratuitamente aquelas frases me proporcionaram muitos sonhos e esperança. Minha vida tornou-se como uma chama ardente, e os meus sonhos, o combustível que a mantém acesa. Aprendi de Eleanor Roosevelt que “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”, e de Carl Sandburg que “nada acontece a menos que sonhemos antes”. Sem sonhos (objetivos) é impossível viver. Por isso, por entre meus sonhos menores, corro para o maior dos meus sonhos, que está na Bíblia, no topo da montanha da vida! Mas os sonhos, às vezes, falham. Então, durante a escalada dessa montanha, quando meus sonhos, objetivos, não se realizam, não permito que o calor da marcha diminua e digo a mim mesmo: “Ora, eram apenas sonhos... outros virão”. Então, guardando com amor o saldo bom do que sobrou, continuo como se nada tivesse acontecido, pois meu alvo principal está no topo. Ele é real. É para lá que eu vou. E durante a subida, ah, quantas vezes caio ou sou derrubado! E a dor de uma queda é maior quando ela é provocada por “amigos”. Mas beijos não sinceros de “amigos” mesmo entre sorrisos é coisa que não falta na vida – porque todo mundo tem boca; mas só Deus vê o coração. Portanto, não me levo muito a sério nas frustrações e costumo rir de mim - sem perder o amor-próprio. Encontro assim, sementes, força para reiniciar a escalada após uma queda. Quando aprendemos a rir de nós mesmos em tudo, a subida da montanha da vida torna-se mais fácil. Quando me invadem os impulsos de altivez, orgulho e superioridade, eu paro e olho o mar, a Terra e as estrelas que já existem há bilhões de anos, e aí entendo: Minha importância, meu brilho, minha “superioridade” e meu lugar no Universo são diminutos se comparados com tudo aquilo. Sou poeira perante as estrelas e um piscar de olhos diante da eternidade. Mas se, ao contrário, me sinto pequeno demais ao ponto de ficar deprimido, percebo que a mim foi dado algo que as estrelas não têm. Ah, elas não têm o que eu tenho! Elas são inanimadas e executam rumos fixos predeterminados pelo Senhor da Física, o Criador. Eu, porém, tenho vida. Posso rir, cantar, amar, sentir e... até chorar. Tenho uma mente e um coração que as estrelas não têm! Tenho o poder da escolha e posso escolher meus rumos livremente. Qual é o seu rumo? Para onde aponta a sua bússola? Levante-se, erga-se, siga; o topo da montanha o espera! (Do meu livro “As Mais Belas Frases do Mundo – Para Subir a Montanha da Vida.)

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