quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Força de Cada Um

A FORÇA DE CADA UM – Pão e Circo, ontem e hoje

Os animais de circo - diferentes dos livres da floresta - foram iludidos desde filhotes para não saber a força que possuem. O elefante, imenso animal, dono de uma poderosa força, acredita desde bebê que é um fraco, sem forças. Desde pequeno o domador amarra a pata do elefantinho a um toco de árvore. Ele cresce acreditando não ter forças para se libertar e se conforma. Até que um dia...! Bem, veremos depois como ele se liberta. A imaginação do homem também é domada pelas tradições, hábitos e costumes que o rodeiam desde o berço. Somos produto do meio, como se fôssemos sardinhas enlatadas mentalmente. Algo que a política busca é “enlatar” mentes humanas. Uma das maneiras que o povo é enlatado mentalmente é através da política do “Pão e Circo” descoberta e usada pelo Império Romano. Com o crescimento urbano no Império Romano veio também os problemas sociais. Como havia escravidão desapareceram os empregos no campo. O grande número de desempregados foi para as cidades em busca de trabalho e melhoria de vida. Com medo de uma revolta, Roma descobriu a política do Pão e Circo. Bastava oferecer alimentos e diversão aos romanos. Funcionava! Houve ano de haver 175 feriados em Roma para festas. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma). Ali o povo vibrava e ganhava alimentos. Desta forma, com “pão e circo” a população carente esquecia os reais problemas da vida e diminuíam as chances de revolta contra o Império. Existe algum paralelo no mundo moderno? Grande massa de gente saiu do campo e foi para as cidades buscar “nova vida”. Tem até música sobre quem “vendeu o sítio e foi para a cidade”. Assim surgiram favelas. No entanto, hoje, neste mundo tão “democrático” o único perigo de revolta que existe é a REVOLTA DO VOTO e os imperadores temem não serem reeleitos. Então são criadas muitas bolsas isso, bolsas aquilo e outras formas de “auxílio”. Este dinheirinho é o “pão”? E o circo? Seria a mídia que martela continuamente auto-ajuda de sucesso político governamental, novelas e os Bigs sei lá o quê? Campeonatos apaixonantes, jogos de todo tipo diariamente, estádios cheios e vibrantes com violência? Ora, tem paralelo com as lutas dos gladiadores romanos no Coliseu? Ainda Copas do Mundo, Olimpíadas... lembra de mais? Povo “gosta” de festa, de circo, e se junto vier um pãozinho, ótimo! Com pão e circo o povo “esquece”. A tática funciona politicamente. Mas, como é que o elefante descobriu sua força verdadeira? Um dia o circo pegou fogo e ele, no desespero de fugir, levou tudo no peito e na pata. AH, DEPOIS DAQUILO, SABENDO QUE ERA FORTE, BUSCOU OUTRO DONO DE CIRCO E EXIGIU METADE DOS LUCROS DE BILHETERIA.

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